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Galinhas com genes modificados botam ovos com proteínas anticâncer

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Estudo desenvolve projeto para produzir remédios contra o câncer 100 vezes mais baratos com ovos de animais

Pesquisadores do Reino Unido criaram galinhas geneticamente modificadas que podem botar ovos que contêm proteínas para combater a artrite e alguns tipos de câncer. Segundo o estudo publicado no periódico BMC Biotechnology, a produção pode ser ampliada com o tempo para liberar medicamentos em quantidades comerciais.

De acordo com Lissa Herron, da empresa britânica Roslin Technologies, as aves não sofrem e são mimadas em comparação com outros animais de fazenda. "Elas vivem em cercados muito grandes, são alimentadas e cuidadas diariamente por técnicos treinados, vivendo de forma bastante confortável", ela afirmou em entrevista à BBC. "Até onde a galinha sabe, é como botar um ovo normal. Isso não afeta sua saúde de forma alguma."

Existem doenças que são causadas porque o organismo humano não produz naturalmente uma certa substância química ou proteína o suficiente. Tais enfermidades podem ser controladas com remédios que contenham a proteína que falta – e os remédios sintéticos de empresas farmacêuticas geralmente são caros. 

Neste estudo, os cientistas conseguiram reduzir os custos ao inserir um gene humano – que normalmente produz a proteína deficiente – na parte do DNA das galinhas envolvida na produção dos ovos.

Os pesquisadores se concentraram em duas proteínas essenciais para o sistema imunológico: o IFNalpha2a, que tem efeitos antivirais e anticâncer; e o macrófago-CSF, que está sendo desenvolvido como terapia para estimular tecidos danificados para autorreparação.


Resultados apontaram que três ovos são suficientes para produzir uma dose de remédio – e as galinhas podem botar até 300 ovos por ano. Com muitas aves, os estudiosos acreditam que podem produzir medicamentos em larga escala.

Eles afirmaram que o desenvolvimento de fármacos para os humanos e os documentos regulatórios necessários levarão entre 10 e 20 anos para ficar prontos. No momento, os ovos são apenas para fins de pesquisa e não estão à venda nos supermercados. 

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